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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Desenvolvimento da criança

FASES DA CRIANÇA

CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS FASES DA CRIANÇA

Crianças de 2 e 3 anos

Do ponto de vista do desenvolvimento, as crianças dessa fase estão construindo as habilidades motoras, tais como: andar e locomover-se; subir e descer escadas; passar por obstáculos; puxar e empurrar objetos; usar o velotrol. Começam também a balançar-se, escorregar, equilibrar-se, lavar-se, comer, direcionar-se para todo canto da casa, puxar gavetas, examinar objetos, sozinhas, sem o auxílio dos adultos. É o momento de livrar-se das fraldas.

Uma grande conquista dessa etapa é o prazer de descobrir o mundo das palavras, seus significados e a articulação da linguagem com os adultos que a rodeiam. Tentam comunicar-se e para tanto observam esses adultos, imitam seus gestos e modos de expressão. O jogo imitativo é, portanto, seu melhor instrumento de aprendizagem. São crianças que se encantam com as pequenas estrofes das músicas e versos infantis, que adoram brincar de faz-de-conta e ouvir os contos de fadas. Gostam das tintas, do barro, dos restos de papel e raspas de madeira, da areia, da água e da massa de modelar. Sujam-se, besuntam-se, cobrem o corpo de barro. O contato sensorial com os objetos, pessoas e seres da natureza é fundamental, pois são imediatistas e bastante centradas em si mesmas, o que significa que só pensam sobre as coisas que vêm, tocam e sentem. Atentas, logo assimilam a rotina do seu dia-a-dia e a sua casa já não lhes oferece mais grandes desafios.

Nessa fase, a escola torna-se de fundamental importância, na medida em que insere a criança num outro universo, mais complexo, que vai exigir dela novas adaptações. Por isso, ela deve ser espaçosa, rica em estímulos, repleta de coleguinhas, brinquedos, jogos, atividades planejadas em torno de temas e assuntos que despertam o interesse e curiosidade da criança. O foco principal nesse momento deve ser o brincar. A brincadeira auxilia a criança a criar uma imagem a respeito de si mesma, manifestar gostos, desejos, dúvidas, mal-estar, aborrecimentos, etc. A escola deverá ser um local onde ela vai falar e ser ouvida, considerada em todas as suas possibilidades de interrogação, assimilação e compreensão do mundo, como um pequeno sujeito e não um local de treinamento e adestramento.

A entrada na escola é, ao mesmo tempo, desejada e temida. Fascinadas pelas possibilidades que antevêem, as crianças querem a escola. No entanto, têm também um certo receio da separação dos pais, um medo inconsciente de perdê-los. Por isso o choro na hora da chegada e a alegria na hora da saída. Ao longo do período, no entanto, logo se esquecem dos pais, para desfrutar o prazer de tudo o que a escola lhes oferece. A escola precisa ser acolhedora de modo que o prazer ali encontrado seja maior do que a dor da separação da família e do ambiente da casa, que lhe oferece segurança.


Criança dos 10 aos 12 anos

10 anos

1. Características psicológicas

1.1. É a idade do grande equilíbrio na sua evolução, embora sendo etapa de transição. Mostra-se feliz, simpática, tranquila, amável, sincera, amigável.

1.2. Às vezes manifesta ataques de ira, mas sempre encontra um modo de desafogar a irritação - são momentos breves e superficiais.

1.3. O equilíbrio que manifesta, encontra-se livre de tensões e inclinado a uma fácil reciprocidade. Mostra-se independente e direta.

1.4. Possui grandes desejos de agradar aos outros.

1.5. Compreendem muito bem o próprio comportamento.

1.6. Observa-se, nesta fase, uma maior amplitude de gostos e interesses, que manifestam em todo o seu âmbito pessoal, familiar e social.

1.7. Têm grande capacidade de proteção, projetada, especialmente em crianças mais pequenas, animais, etc.


2. Âmbito escolar

2.1. A criança de 10 anos possui um grande poder de assimilação, gosta de memorizar, identificar ou reconhecer os fatos, fazer classificações, etc.; no entanto custa-lhe mais conceitualizar ou generalizar.

2.2. Tem períodos de atenção curtos e intermitentes, daí que goste mais de falar, contemplar, ler e escutar, do que de trabalhar.

2.3. Sente pouca inclinação para o trabalho. Pode se propor a muitas tarefas, mas não persevera em nenhuma.

2.4. Experimenta grande prazer na atividade física: correr, trepar, saltar...

2.5. Gosta que a professora faça a programação das suas atividades e lhe recorde imediatamente se deixou algo fora do programa.

2.6. Podem arranjar desculpas para não ir ao colégio, se algo lhes corre mal, ou se receberam alguma reprimenda ou censura.

2.7. Sentem carinho pelos professores.

2.8. Manifestam períodos de concentração, alternando com outros de jogos esgotantes.


11 anos

3. Características psicológicas

3.1. Mostra-nos aos 11 anos, um passo mais no seu desenvolvimento: que é mais inquieta e charlatã.

3.2. Mostra maior atividade e prefere a companhia de outros, recusando a solidão.

3.3. Gosta de discutir, mas não deixa que discutam com ela.

3.4. Possui uma maneira de pensar mais concreta e específica. Parece embarcada numa procura ativa do "eu" e encontra-o em conflito com o dos outros.

3.5. Tem um grande sentido de justiça e horror à fraude.

3.6. Impulsiva, embora lhe falte perspectiva.

3.7. Supercrítica, tanto em relação a si, como aos outros, mas não sabe aceitar as críticas dos outros.


4. Âmbito escolar

4.1. Aos 11 anos gastam as energias procurando o modo de eludir as tarefas.

4.2. Agrada-lhes a possibilidade de escolha e, oferecendo-lhe várias coisas para que seja ela mesma a escolher, leva a cabo diligentemente o trabalho.

4.3. O professor é o fator independente mais importante na vida escolar de uma criança de 11 anos.

4.4. No entanto prefere os professores exigentes e que tenham sentido de humor.

4.5. Um professor paciente, justo e simpático, não demasiado exigente, compreensivo, capaz de "tornar interessantes as coisas", e inimigo de gritar, são qualidades que atraem uma criança nesta idade.

4.6. Agradam-lhe muito os desportos e jogos ao ar livre.

4.7. Os dados que melhor apreende, são os que se ensinam sob a forma de contos, em que uma ação leva inevitavelmente a novas ações.


12 anos

5. Características psicológicas

5.1. Denota maior equilíbrio, aceita os outros; vê-os, e também a si próprio, com mais objetividade, mas flutua de atividades pueris a outras mais maduras.

5.2. Possui um maior controlo de si própria.

5.3. É capaz de inibir os seus temores, com novos rasgos de humor e tendendo a mostrar-se extrovertida, exuberante e entusiasta.

5.4. Encontra-se nas primeiras etapas da adolescência.

5.5. Mostra-se menos insistente, mais razoável, mais companheira dos seus, mais altruísta.

5.6. Não gosta que o considere uma criança, tem um grande desejo de crescer.

5.7. Denota um grande avanço no seu pensamento conceptual quanto à preocupação pelo valor de termos como justiça, lei, vida, lealdade, delito, etc.

5.8. Possui um autêntico sentido do que é lógico.

5.9. O seu rasgo dominante é o entusiasmo expansivo e a capacidade de tomar a iniciativa.

5.10. Sensível aos sentimentos dos demais a às atenções e interesses das pessoas que a rodeiam.

5.11. A sua nova visão das coisas inclui uma capacidade de amadurecimento.


6. Âmbito escolar

6.1. Os 12 anos são de maior objetividade e amadurecimento, perspectivas mais amplas para as coisas.

6.2. É entusiasta e impaciente, embora às vezes se mostre um tanto amorfa no pensamento e na ação.

6.3. O seu maior e mais importante problema é o trabalho escolar.

6.4. É comum a realização do diário íntimo e pessoal.

6.5. Mostra-se mais reflexiva perante os diferentes problemas e procura solucioná-los sozinha.

6.6. É muito responsável na organização do seu tempo e no cuidado dos seus próprios objetos.


7. Atitudes das pessoas implicadas na sua educação


7.1. Convém despertar-lhe o interesse com um estímulo suficiente, já que gosta de aprender.

7.2. É a idade ótima para o uso de material gráfico, e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz para a sua educação e formação.

7.3. Convém dedicar tempo às atividades ao ar livre.

7.4. Os pais hão-de manter elasticidade nas suas exigências (especialmente aos 10 anos); devem dar conta de que a criança desempenha melhor o trabalho, quando o realiza junto a um adulto compreensivo.

7.5. As raparigas em geral, pelas suas características psicológicas, refugiam-se no seu mundo interior e requerem maior perspicácia e penetração por parte dos pais e educadores.

7.6. As relações com os outros passam por diferentes etapas; daí que os mais velhos não devam intervir, já que resolvem as situações por si mesmas.

7.7. Convém ter confiança nelas, para fomentar o sentido de responsabilidade.

7.8. Dar-lhes oportunidade para desenvolverem atividades em grupo, e maior liberdade à medida que vão crescendo.

7.9. Havemos de manter um clima de alegria, autoridade e respeito à sua volta, fomentar a sua originalidade.

7.10. Nestas idades são sensíveis à informação social, o que não pode manter-nos alheados desta inquietação; devemos, sim, ajudá-los a organizar o seu pensamento.

7.11. Fomentar o exercício de aptidões que gozam de aprovação social serve um duplo fim: fortalece o respeito e a confiança em si mesmo, importante na adolescência, e a proteção ante possíveis transtornos de tipo social (delinquência, etc.).

7.12. Deve-se educar as crianças formando a sua personalidade para se enfrentar com o futuro e de modo que cheguem a ser o que devem ser, de forma consciente e madura.

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